MERA INSPIRAÇÃO
Agora me inspira a relva orvalhada
no prazer do meu olhar sonolento.
Minha alma sente a manhã perfumada
quando o sol morno desponta lento.
No sonho de minha alma desdobrada
sinto a paz astral em breve momento.
Não há morte quando a vida é revelada
para a alma ante o eterno chamamento.
Minha alma voa feliz. Admira a beleza
luminosa dos astros. Desfruta da solidão
aparente. Há sempre vida na natureza.
Flui os versos da relva em fluídica leveza.
Se há metafísica nessa mera inspiração,
é que só escrevo o que penso com clareza.
Escritor Adilson Fontoura