UM LUTO INESPERADO
Nas noites soturnas da existência
Surgem sensações de luto inesperadas,
Sensações em demásia impulsionadas
Pela consciência da evanescência.
Nas noites silenciosas e solitárias,
Há apenas a evidência da efemeridade
E as lágrimas absurdas da saudade
Vertidas em meio as lembranças refratárias.
A vivência amarga de um luto inesperado
É uma travessia que todos precisamos passar,
Até que sintamos seguros de havê-lo superado.
Mas enquanto a dor de uma vicissitude não findar,
É o silêncio para a vida de qualquer ente enlutado
O oásis mais seguro para a sua alma se consolar.