NÃO SEI MAIS...

Eu vago entre as flores, sempre triste,

rumando contra o vento que me corta;

não sei, já não sei mais se ainda existe

amor, algum amor nest’alma morta!

As hastes de capim e a flor de alpiste,

além das flores murchas, flores tortas,

eu vejo no jardim que já inexiste,

rangendo as suas velhas grandes portas...

Queria recolher uma bonina,

lembrar do teu sorriso de menina,

qual flor neste jardim, em liberdade...

Não há mais qualquer flor que tenha vida,

morreram as nossas flores, ressequidas,

e tudo em nós morreu... Vive a saudade!!!

Arão Filho

São Luís-MA, 06. dez.2016