BANHO DE BANHEIRA

BANHO DE BANHEIRA

Nua, faz que não vê meus olhos n'ela

Pois indo se banhar sem pressa alguma.

Cobre-se, do pescoço aos pés, de espuma:

Consegue d'algum modo ser mais bela...

De facto, mais esconde que revela

A neve branca que ora lhe perfuma.

Não fosse a aborrecer, uma por uma,

Eu sopraria as bolhas só por vê-la!

Em todo caso, é bom estar tão perto

E saber que seu corpo ali coberto

A mim se mostrará em esplendor.

E logo há-de ficar à flor da pele

Toda a sensualidade que a impele

A ser minha mulher e meu amor.

Betim - 02 03 2008