SILÊNCIOS
SILÊNCIOS
Não tenho olhos senão para os teus olhos...
Acredita-me, embora antigos medos:
Nossa história e seus tantos desenredos
Parecem conduzir-me sempre a escolhos...
Porém, como se espreitasse por ferrolhos,
Espio tolamente os vãos segredos,
Que guardas co'as lembranças de anos ledos
Abandonados entre outros trambolhos.
Ou não... Silêncios só silêncios são!
Interpretá-los é, na escuridão,
Conseguir ver até o que se esconde.
Nada tem a dizer quem nada diz...
Eu só posso supor que estás feliz,
Buscando um lugar sem saberes onde.
Betim - 04 12 2016