AOS PULOS ALVISSAREIRO

Essa minha ânsia, hórridas tormentas,

Lembranças inda amargas, dói minh'alma,

Abrasa as veias, ah! Esvair-se a calma,

Lôbrega saudade, ah! Mata, arrebenta!

Esperança ainda que presa, há trauma,

Como quem na masmorra, já não aguenta,

Como em cela fria, quem muito lamenta,

Como a dor da paixão, implorando ó Glaura!

Porém, tudo é fantástico, é emoção:

Blasonar de fato e enxergar a tua aura,

Como um perdido, que pede o perdão!

Que logre em vão essa desventura,

Que em sonhos não me aconteça o mal,

Ao acordar, sentindo a tua cintura!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 04/12/2016
Código do texto: T5843592
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