AOS PULOS ALVISSAREIRO
Essa minha ânsia, hórridas tormentas,
Lembranças inda amargas, dói minh'alma,
Abrasa as veias, ah! Esvair-se a calma,
Lôbrega saudade, ah! Mata, arrebenta!
Esperança ainda que presa, há trauma,
Como quem na masmorra, já não aguenta,
Como em cela fria, quem muito lamenta,
Como a dor da paixão, implorando ó Glaura!
Porém, tudo é fantástico, é emoção:
Blasonar de fato e enxergar a tua aura,
Como um perdido, que pede o perdão!
Que logre em vão essa desventura,
Que em sonhos não me aconteça o mal,
Ao acordar, sentindo a tua cintura!