A Dança Platônica

Sob a hipnose extática de um sopro sereno

Sobre a aurora banhada na noite, eu penso

Nos olhos fixos em desagregador dissenso

Ao fitar-me com atenção de fora para dentro

Neblina o raciocínio e infla o peito cálido

Os pés não andam e as mãos não pegam

Os vis devaneios fortemente se apegam

A síntese de minha vida é este momento

Ao soar o sino do universo em tom filosofal

Projeto do som a voz do espírito animal

De um fantasma alquimista d'ouro invisível

Na tempestade, o grito da ilusão sentimental

Desbarata a mente que, em estado maquinal,

Engrada a realidade em um sonho impossível.

EA
Enviado por EA em 04/12/2016
Reeditado em 12/06/2021
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