MORTE
Morrer é de repente virar nada
Não é sequer nem mesmo escurecer
E se pudesses darias gargalhada
Porém morrer é nada mais saber
E como esta vida é fútil jornada
Do nada ao nada tu voltas a ser
Não passa teu mistério de uma piada
Quando o tempo, enfim, para de correr
Evaporado de teu sonho louco
Na multidão de vivos resta um oco
Como seria se visses lá do céu
Depois que encerra teu último capítulo
Veja na terra, amigo, que ridículo
Outro qualquer retoma teu papel