EFÉMERA EXISTÊNCIA
Não consigo entender esta vontade
De inúmeros sonetos escrever,
Mas neles sinto um colossal prazer,
Nesta minha maior felicidade!
Nunca sinto por eles vã vaidade,
Mas sinto o desafio de vencer
A inspiração contida no meu ser,
De maneira que tenham qualidade.
Sinto-me livre mesmo estando preso
Às regras mais difíceis dos sonetos,
Pois já mantenho o espírito coeso
De forma que os quartetos e os tercetos
Possam conter a simples minha essência,
Durante a minha efémera existência.
Ângelo Augusto