POETIZANDO COM O SIM E O NÃO...
Pouso meus versos na balança do discernimento
Nela meço os prós e os contras em porções iguais
Em equilíbrio visualizo no pensamento os sinais
Na consciência dou o veredito: disfarçes ao intento
Não lamento o sim pelo não, domo as rédeas, subjeção
Faço o que é preciso, dou o martelo do juízo, peço o não.
Não à crueldade, não à mortalidade dos sonhos possíveis
Digo sim à pura realidade, natalidade dos sonhos incríveis
Entre os caminhos do 'sim' e do 'não', há aquele que excede
Natureza que doma o ser que entoa no peito a canção libertária
Íntima do ser que encanta o 'sim' e desacata a natureza arbitrária
Dando à alma o direito de prover-se do 'sim': palavra que sucede
Da liberdade de ir e vir ao reencontro da caneta, singela silhueta
Fluído que enaltece a alma, tecem nos versos o coração d' poeta
(Simone Medeiros)
06/10/2015