Eu Voto? Não voto...abstenho-me

Esnobe, explícito, meu poder faz lobby
Eu veto a pátria amada? Nem nela invisto
Meu voto igualitário, meu cartel já sobe
Recebo um por fora, emplaco meu ministro

Na juventude, a baleia é Dick, é Moby
Já sei mentir, eu conto, não resisto
A deusa nua, Vênus, Afrodite tá de robe
Peignoir entreaberto e diz: desvisto

Insiste a apostasia, vem com o espiritismo
Já chega no ar quente, acho que é fria
No meio da ágora, agora faz-se ostracismo

Meu cavaleiro de aço, ciciando passaria
Fulgurando em Trás-os-montes magnetismo
Um eco a cortar o som, ouvido retiniria