SONETO - DITA A DOR

DITA A DOR

Hoje, depois de passadas essas nove décadas,

Ainda que tardia e de forma branda e alvissareira,

Anuncia-se o apagar da brasa que em Cuba encandeia

Uma nação, com corações dilacerados no tempo...

De seres humanos em existência desumana.

Traidor de suas próprias tropas e leais fileiras,

De homens e mulheres extremos e devotados,

Ceifou a vida de milhares de correligionários,

A ferro e fogo traçou o destino de seu sofrido povo,

Como se o futuro e a vida desses lhe pertencesse,

Vivendo em berço d’ ouro com uma fortuna imensa.

Mas de nada lhe serviu agora essa tamanha riqueza,

Ditaste a dor, assassino, monstruoso como demo,

Jaz agora, queimando no fogo do inferno, vil tirano!

Urias Sérgio de Freitas.

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 27/11/2016
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