(((AMOR EM POTE DE BARRO))) SONETO.

AMOR EM POTE DE BARRO.

soneto

De você falo ao vento uivante,

Ao sol que me faz arder em bronze.

Deitada na areia depois das onze.

De você falo, volto, em meia-noite.

De você digo aos meus poemas...

São enredos que eu mesmo abordo,

Tecidos no tempo d’ouro que bordo,

Das ermas noites ouvindo sofismas.

Digo: D’onde vem tanto receio?

Na calada da noite que fala tanto...

Minha mente tola em devaneio.

Nino a madrugada ainda uma criança,

Digo do amor que no peito acalento,

Na fragilidade desse pote faiança.

Novembro/2016.

MargarethDSL.