Decassílabos
Alma minha tão anil que partiste;
Alma ferida de guerra sangrando.
Pelos vales de morte andando...
Em busca desta cruz que seguistes.
Que essa Cruz santa seja a minha luz;
Santa cruz virada em espada.
O Dragão não guie essa caminhada.
Erguido ao madeiro está a Luz;
De um guerreiro pregado a cruz.
Cuja a inocência imaculada.
Não foi esta somada a nada
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Diáfana e pálida rosa
Esta que trago ao peito doido.
Vejo então murchando a prosa.
O Verso despetalado e caído...
Que o poema desça ao mangue
Onde essa gente dá o seu sangue.
E no barro tira o sustento...
Mas vê com dor morto seu intento.
A pena embebida em tormento
Assinar ao final deste sofrimento...