...voo (in)temporal
Respeitosamente... carinhosamente te dedico este soneto, nobre amigo HELIO J SILVA, pois sabemos, nessa eterna luta do Ser sem nada Ter, atravessando a ponte que liga o nada ao vazio...
_______________ Somos o que somos, o resto in-sumos! ___________
De repente, a arca caída com a musa-obscura,
todos seus filhos bastardos inda nos fundos...
embora, pó da poésie nos confins do mundo,
porém no condado dos cucos a cuca é escura
sempre um universo novo às almas vivas,
nesse doce bailado das bombas pelos ares...
donde se fundem: fábulas com malabares,
senão, conversa curta do corvo e convivas
tudo é verso do mesmo verso em controvérsia,
enigmas do jogo poético, glossário na inércia...
nesse mar babélico sem vaga nem embarcação.
Oh! Ser-humano entre paralelos e meridianos,
deixando os rastros no deserto ano após ano...
em rito e voo como um anjo da renunciação!
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@______ Chega, chega Fernando C Lima! Mais uma vez me deixando com as asas saçaricadas... quiçá, algum dia inda eu chegue ao teto do vosso penhasco poético. Continuarei amolando o bicus... viu? Rsrs! Desde já meu sincero agradecimento pela parte que me cabe neste imperativo soneto.
@______ Grande amigo Gilberto, sem comentários, para te homenagear, segue mais este soneto ______________________________________@
@__________________ A ÁGUIA E O LAJEDO ____________________@
A águia branca num ruflar de asas,
Olhar de lince penetrando tudo,
Vê o lajedo estático e mudo,
Ao voejar, suas penas de gazas.
Num mergulho real não se atrasa,
No musgo da pedra o seu veludo,
Pensa ainda, toca-la, contudo,
A frieza do chão não lhe abrasa.
Num movimento breve dá-lhe vida,
Eleva-a nos céus, despercebida.
E mostra-lhe a beleza do voar.
A pedra calada, agradecida,
Chora no rio lágrima sentida,
E só espera, a ave retornar.
@__________ Valeu demais nobre amigo da escriba divina!!! ________@