Eu vejo um rio nos teus olhos baços
Eu vejo um rio nos teus olhos baços,
vertendo, desde a alma, até o rosto,
enquanto o teu sorriso diz o oposto,
a renegar as dores e cansaços.
Escapam, pelos teus olhares lassos,
centenas de cardumes de desgosto,
do teu penar, que fica a mim exposto,
por trás de teu sorriso e finos traços.
Um rio que murmura e cujas águas
submersas desde a fonte – as tuas mágoas –
desejam, sim, rolar em tua face.
Permite que ele escave o teu semblante,
que lave as mágoas, flua e siga adiante
e, assim, a própria vida não se embace.
Brasília, 25 de Novembro de 2016
Caixa de Pandora, pg. 30
Eu vejo um rio nos teus olhos baços,
vertendo, desde a alma, até o rosto,
enquanto o teu sorriso diz o oposto,
a renegar as dores e cansaços.
Escapam, pelos teus olhares lassos,
centenas de cardumes de desgosto,
do teu penar, que fica a mim exposto,
por trás de teu sorriso e finos traços.
Um rio que murmura e cujas águas
submersas desde a fonte – as tuas mágoas –
desejam, sim, rolar em tua face.
Permite que ele escave o teu semblante,
que lave as mágoas, flua e siga adiante
e, assim, a própria vida não se embace.
Brasília, 25 de Novembro de 2016
Caixa de Pandora, pg. 30