NÓ NA GARGANTA
Há um grito escondido
Na garganta um nó sentido
Difícil desatar-se do grito..
Ecos ao longe fingem o rito
De joelhos coração pede paz
Na boca desgusto o antídoto vital
No espelho o descobrir-se incapaz
Dos versos teus ter a paz celestial
Mas há quem ouça o grito final
Decifrando cada rima letal
Quem sois seu moço sem rosto?
Sempre feliz e nunca triste
C' largo sorriso q' inda insiste
Em se ver nos versos, o grito oposto...
(Simone Medeiros)
16/02/2016