Mutilador
Ele se corta, se feri... sentimento perdido.
Inflige a si próprio um globo da morte de muralha.
A falta de atenção o leva ao mundo escondido...
E chega a apoteose de sua navalha!
Assim, mergulha descontrolado entre o amor e o ódio.
Isolando-se e vegetando no seu quarto escuro.
Desnuda seu corpo com a dor do troféu sem pódio.
E vagueia num horizonte sem futuro.
Sua família e amigos o deixam de lado.
Sua alma arde no esquecimento impróprio.
Não comete suicídio mas vive desalmado.
Seu subterfúgio é o desejo de se mutilar.
A sua atitude induz-lhe a falta de amor próprio.
Seu tribunal só lhe deferi a lhe condenar.