O homem no espelho
O chão da manhã acumula muitas folhas
O céu prefere o azul para se vestir
A relva exibe a vida em suave escolhas
Sempre aos passarinhos com água acudir
Até mesmo as estrelas perdem seu brilho
Os rios não se cansam saudosos do mar
Ventos e correntes seguindo seu trilho
O caos contínuo de um mundo a girar
O homem no espelho ainda sou eu
Rugas veladas alguns cabelos grisalhos
O sol confirma que o tempo venceu
Aproveito o hoje do momento outrora
Poucas palavras alguns sorrisos velados
Teu seio, no véu, o amor no agora