INTROSPECÇÃO
INTROSPECÇÃO
Se fecho os olhos, olho para dentro;
Ouço os ecos do caos que de mim nasce.
Como se além do bem e mal me outrasse,
Assim, enmimesmado, eu me concentro.
Enveredo no pensar no qual me adentro,
A alterado de mim, ver-me outra face...
Onde a máscara d’outro eu retomasse,
Visto, ao redor da arena, alguém no centro.
Luta de mim comigo face ao Fado,
Fico a monologar à autoassembleia
E alterno dando voz a cada lado.
Sim, observam-me eus vários na plateia
Qual devires a olhar meu eu-passado
Pelo palco onde existo como ideia.
Belo Horizonte – 12 07 1998