``Soneto à solidão´´
N’um dia de verão, um amor eu vivi
Inverno se fez em sonhos de outrora
Naufraga sou, perante a solidão que morri
Em descompasso, faço um verso afora
Lembranças vazias invadem minh’alma
Só em mim, corro do tempo e da hora
Sem fôlego ainda busco teu ventre e calma
Vadia choro por um amor na aurora
Apática permeio meu fim d’antes punido
No mar da morte finco o passado que lacera
Condeno à castidade esse cálice fingido
Sem estação vagueio nas noites a tua espera
Findo minha existência num tratado ferido
Morta, caminho por um tempo sem era
N’um dia de verão, um amor eu vivi
Inverno se fez em sonhos de outrora
Naufraga sou, perante a solidão que morri
Em descompasso, faço um verso afora
Lembranças vazias invadem minh’alma
Só em mim, corro do tempo e da hora
Sem fôlego ainda busco teu ventre e calma
Vadia choro por um amor na aurora
Apática permeio meu fim d’antes punido
No mar da morte finco o passado que lacera
Condeno à castidade esse cálice fingido
Sem estação vagueio nas noites a tua espera
Findo minha existência num tratado ferido
Morta, caminho por um tempo sem era