MEUS TEMPOS DE CRIANÇA
Às vezes, eu me pego a cismar...
E tantas coisas me vêm à lembrança,
Que até parece que estou a sonhar,
Revendo os meus tempos de criança.
Não foram tempos fáceis de lidar,
Pois que não eram dias de abastança;
Porém, mesmo assim, de se lembrar,
Meu coração teimoso não se cansa...
Lembro a minha primeira alpargata,
Bola de meia e um bilboquê de lata,
Que hoje só existem na lembrança
E este meu coração que é só saudade,
Ás vezes ignora a própria idade,
E ainda quer brincar feito criança...