MEUS TEMPOS DE CRIANÇA

Às vezes, eu me pego a cismar...

E tantas coisas me vêm à lembrança,

Que até parece que estou a sonhar,

Revendo os meus tempos de criança.

Não foram tempos fáceis de lidar,

Pois que não eram dias de abastança;

Porém, mesmo assim, de se lembrar,

Meu coração teimoso não se cansa...

Lembro a minha primeira alpargata,

Bola de meia e um bilboquê de lata,

Que hoje só existem na lembrança

E este meu coração que é só saudade,

Ás vezes ignora a própria idade,

E ainda quer brincar feito criança...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 20/11/2016
Código do texto: T5829116
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