Confidências
Eu quero que tu sorva meu segredo,
Serena, no silêncio noturno,
Com grande prontidão, sou taciturno,
Verás, como fomento meu degredo.
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E que o violão produza enredo,
Pra este conto viloso, sim, soturno,
Nosso tempo controle ele, saturno,
E que você controle o cruel medo.
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Ouça, como se fosse lindo canto,
Sendo por linda musa bem cantado,
Tu querida, não morras por espanto.
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Pense que estás a ouvir belo glissando,
Não quero desencanto, nem seu pranto,
Pense ser melodioso trinado.
19/11/2016