Meus olhos secaram, morreram!
O que fazer com meu querer?
Andar a esmo, sonhar, chorar!
Saber seu jogo, cansar e desesperar!
Envelhecer de desgosto de nada ser!
Meu ser cerebrino fenece, murcha!
Só minha tristeza me abraça,
Entre coisas velhas, mofadas, choro!
Apago meus anseios, os fatos queimo!
Meu azar é ser sua, você é meu tirano,
Odeio a distância, piso em sua foto,
Viro a página e finjo tudo acabou!
Afinal não olho o que passou,
As asas da imaginação se fecham,
Meus olhos secaram, morreram!