Dizes

Não me castigai oh ser celeste, mas ouça.

Dizem que vós nunca estais a dormir!

Porém, diante das vis mazelas da vida

Com os olhos fechados tu sempre está.

Diz-me então a quem eu posso recorrer?

Se ás vezes a minha voz tu não escutas.

O meu tormento não consegue enxergar,

Ou talvez simplesmente não queres ver...

Diante do teu silêncio aqui estou, irresignado.

É que se tornaram pesados demais os fardos

Tu de disseras não abandonar, mas aonde está você?

Talvez não seja valido o meu questionar, mas dizes!

Por que os maus que te desafiam tu os enaltece?

E os bons que te adoram vós estais a esquecer?

NUNES, Elisérgio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 18/11/2016
Reeditado em 07/03/2017
Código do texto: T5827373
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