Doce recado
Ad Mater,
És minha aura do amor e da luxúria,
Que em mim ainda me adoças sobre um beijo
Como o espírito dócil entre o arpejo,
Eu, um Tenebris em funérea fúria...
Para que o teu cristal lirial murmure a
Aurora, com luzir do altar que eu vejo...
Vens afastar o meu negror no ensejo,
Contra o meu mal sombrio e a minha injúria!
Torna-te o halo abençoado que não cansas,
És um anjo imortal das auras mansas,
Amo-te, sem chorares, não desamas.
Que é este pranto amoroso no clarão,
Ó Mater, és meu doce coração!...
À álgida alma e ao éter puro que tu me amas...
Lucas Munhoz - 17/11/2016