Contramão

Enquanto a vida corre nua e crua,

Eu tiro o pó de todas as gavetas.

A sorte, muitas vezes de xereta,

Ataca pra ver como a gente atua.

Não sou afeito a ruídos de trombeta,

Nem saio dando gritos pelas ruas.

Meu jeito é assim... E cada um na sua.

Às vezes, faço o que dá na veneta.

Por isso é que minh’alma sempre amua.

Os seus princípios não permitem treta

E abrem mão de agrados e gorjetas.

Se o jogo é sujo, afasta... Sai... Recua...

Minh’alma sempre está na contramão

Porque escolhi seguir caminho são.

RG. EDA/FBN

fiore carlos
Enviado por fiore carlos em 14/11/2016
Reeditado em 14/11/2016
Código do texto: T5823634
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