Contramão
Enquanto a vida corre nua e crua,
Eu tiro o pó de todas as gavetas.
A sorte, muitas vezes de xereta,
Ataca pra ver como a gente atua.
Não sou afeito a ruídos de trombeta,
Nem saio dando gritos pelas ruas.
Meu jeito é assim... E cada um na sua.
Às vezes, faço o que dá na veneta.
Por isso é que minh’alma sempre amua.
Os seus princípios não permitem treta
E abrem mão de agrados e gorjetas.
Se o jogo é sujo, afasta... Sai... Recua...
Minh’alma sempre está na contramão
Porque escolhi seguir caminho são.
RG. EDA/FBN