Nos somos egoístas de nascença
Nos somos egoístas de nascença
Com a alma em fragmentos, fria, pasma
Andejando na multidão igual fantasma
Na aglutinação da indiferença
E nesse turbilhão que nos condensa
Na efemeridade do ectoplasma
Ah essa multidão me causa asma
Retido só ao calor de minha presença
Oh almas que vagueiam pelos ares
Que se convergem nulas aos milhares
Deste vazio que o ego lhe cobriu
Ah essas almas vão se desfazendo
E o corpo em apatia esmorecendo
Como se um dia nunca existiu