Fator Existência
Finda a tarde incessante em minha mesa
E parece não findar minha vã tristeza
Entre escombros, as penumbras lembranças
Daquela que se fez vicio, foi realeza...
Cessa o calor do abraço, vem a gélida tormenta
Renasce o murmuro do poeta, que o acalenta
Num final sem magia, padecem as esperanças
A cicatriz se apaga, o forte elo se arrebenta...
Não quero uma lembrança de cruel conseqüência...
Quero um lapso momento de conflagração
Quero provar o nobre sabor da doce inocência...
Não quero uma magoa de agonia ou eloqüência
Quero um imediato motivo de revolução
Quero brindar a simplicidade do fator... EXISTENCIA