(((FLOR DE ABSINTO)))SONETO

FLOR DE ABSINTO...

Soneto.

Tempos idos ao ar livre ousado,

Tantas vezes impensado, mas feliz,

Ao luar em pleno sonho estrelado,

À rua ensombre prata belo matiz.

A lua em clarinada veste a noite

Em amor no eirado se beijavam

Venturosos voejam em açoite

Em amor alvoreciam, em si juravam.

Não temia o deserto nem estio

Dos olhares gotas de absinto...

Na infusão exalavam vinho tinto.

Amor herbáceo de sabor tenro,

Licoroso, aromático, cura d’alma...

A paixão exala, e nunca acalma.

Novembro/2016.

MargarethDSL.