VAGANDO SILÊNCIOS

A vida apresentou-se travando caminhos.

As esperanças poucas que eu sempre quis

O mundo sem alma dizimou aos pouquinhos,

Minha viagem se encruzilhou infeliz.

Os meus novos passos remetiam ao pecado;

O desejo - um terrível ensejo do mal,

A ordem ditava deixar todo de lado

O sonho mais sagrado que eu vi ser real.

Ó meu Deus! Quantos sonhos perdidos eu tive!

Aos sessenta revejo a castração da infância

Daquela criança que em mim ainda vive.

Sonhos afogados em remansos cristais...

Onde a chegada aguardava a pouca distância,

Mas a correnteza bruta foi por demais.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 09/11/2016
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