Soneto de pena
Um galo que dá vida pede pena
folheia nas lembranças seu passado
um tempo que reinava no cercado
quando nunca saía de cena.
Hoje olha para trás e acena
tristonho por se ver mudado
lá, no poleiro vivia trepado
mas hoje acabou-se a cantilena.
Abria as asas pra conquistar o amor
e as fêmeas se entregavam se pudor
hoje, não dá sinais nem de velhaco.
Só lhe resta encarar a triste sina
pois já dobrou, da vida, a esquina...
Quase sem pena, estapafúrdio e fraco.
Josérobertopalácio
Valeu pela interação, Mestre Fcunha lima.
07/11/2016 21:45 - fcunha lima
Ao aplaudir o amigo poeta Palácios.
GALO CEGO
Quem disse que vou parar de escrever,
E silenciar meus lábios de repente,
Se assim fazendo o amor da gente,
Poderá vir chegar a falecer!
Fica difícil você compreender,
Até me achar um pouco diferente,
Mas não é uma mudança consistente,
Explicando é fácil de entender.
O meu coração de velho enxerido,
Meteu-se a galo cego e de metido,
Apaixonou-se por uma moça nova.
Tive pena do meu pobre coração,
Depois de velho morrendo de paixão,
No que ele respondeu: velho uma ova!!!
fernando cunha lima.