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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5814665
O TEU DESDÉM [719]
Já foste tão assídua no meu sono,
que não me dou varrido do teu rosto;
inda, hoje, tu és meu grão encosto,
até quando me dás teu abandono.
Digo que tu me olvidas é por gosto,
que tens capricho e vais brigar na ONU,
enquanto mais em ti total me entrono,
e tu largando o teu nativo posto.
Só morrerei aos pés teus incrustado,
qual um guindaste, a pique, num açude,
aos tempos, pelo vento fustigado.
Mas me permito ir só ao que pude,
pois teu desdém me põe escangalhado:
de bom viés não é nem tem virtude.
Fort., 05/11/2016.
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O TEU DESDÉM [719]
Já foste tão assídua no meu sono,
que não me dou varrido do teu rosto;
inda, hoje, tu és meu grão encosto,
até quando me dás teu abandono.
Digo que tu me olvidas é por gosto,
que tens capricho e vais brigar na ONU,
enquanto mais em ti total me entrono,
e tu largando o teu nativo posto.
Só morrerei aos pés teus incrustado,
qual um guindaste, a pique, num açude,
aos tempos, pelo vento fustigado.
Mas me permito ir só ao que pude,
pois teu desdém me põe escangalhado:
de bom viés não é nem tem virtude.
Fort., 05/11/2016.