Nas gavetas de mim
Misto, chave, foto, aglomeração,
Um alçapão de carimbos sem fim,
Jardim quase largando floração,
Ação ‘marcador’ ou sonhos enfim.
E para mim, são vidas que sufoco,
São blocos de poesias ora agendas,
Emendas em papéis, quase me choco,
Aloco meus eus e grampeio em rendas.
Lendas e realidades na pasta,
Vasta saudade presa no alfinete,
Lembrete e cola, passado caguete.
O brete de minha alma em clips arrasta,
Devasta borracha a pena rascunha,
Munha em grafite borra a lixa de unha.
https://www.instagram.com/ordonismo/
Ouça-me recitando:
https://youtu.be/miWJYC53yq8
Uberlândia MG 05/11/16