Soneto reconciliação
Maria Flor acordou risonha
Dirigiu-se à varanda e o sol à tocou
Sentiu estar viva e cheirou a hortelã
Colheu dois morangos e retornou.
Sentou à beira da cama por um instante
Olhou e acarinhou a barba de alguém
Ao banho dirigiu-se
E banhou-se na espuma quente.
Andou nua e fresca pelo quarto
Beijou a boca de quem lá estava
E se amaram com o gosto dos morangos.
Maria Flor jogou o passado no chão
O de barba, acarinhou os cabelos dela
Fizeram a reconciliação.