O meu preço é a poesia
O verso sangra no dia que passa,
Sai as fezes do amor eterno, se
O afago do verso cheira a sovaco,
Que num voo de pobre se alça
Quando o sentimento tem que
Ser dito com palavrões, amassos,
Assim que os vermes da carne podre
Virem as moscas do dia de amanhã,
Pois há uma esperança no sabre
Que mata o poeta que ama, na sã
Vida que consegue depois de enlouquecer
De poesia, assim que toda a fantasia venha
Unir-se ao poema, formando o amor, por ser
Feito pelas palavras ávidas de quem nada ganha...