Mulher de malandro

S' és mulher de malandro, eu sou a ti

O malandro que não bate, te afaga

Muito mais que antes, quando, pois, parti

Já era, não tem jeito e tu me indagas:

"Será que eu vivo sem ti e os teus versos?"

"Mas aquelas palavras ainda são,

De desejos por mim co' amor imerso

No jardim que guardava o coração?"

Onde foi que escondeste a tua vergonha?

Lembras, malandro aprendeu o sambar

Não foi páreo ao gingado a sua peçonha,

Do poeta que sabia o quê do existir.

Malandro sabe a vida, sabe amar

Pensa bem, o melhor é desistir...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 05/11/2016
Reeditado em 05/11/2016
Código do texto: T5813860
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