Fechando a porta
Decisão: não quero ser observada,
Fechada, inda que dois olhos destacam,
Emplacam nos meus, à porta cerrada,
Ferrolhada de dentro, os eus empacam.
Achacam as emoções, imo se encolhe,
Que molhe em lágrimas, nada estanca,
Espanca a carne, que tudo desfolhe,
Acolhe-se à solidão de alma manca.
Desbanca-me o sentir, agora escuro,
Um muro eu criei; isolei o lá fora,
Chora a certeza, porque o medo implora.
Mora em mim um cruzamento duro,
Obscuro temor faz a vida morta,
Entorta o meu ser fechando a porta.
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Uberlândia MG