Soneto olhar em espelhos

As rochas dos meus sentimentos

São tão perceptíveis em meus espelhos

Que não olho em espelhos externos

Para não enxergar no externo, meu interior!

Sei, pois bem sei, que está lá

E permanecerá ainda aos montes de ponteiros

Essa nuvem tão cinza em meu olhar

Triste olhar, de castanhos tão lindos e tristes.

Comparo a poeira do vento

Com a esperança por mim esquecida

Pois vem robusta e some pelo ar!

Sei, pois bem sei, que está lá

Em algum lugar no breu do sol

Meu olhar tão triste, em forma de espelhos!