A JANELA

No pano envelhecido da cortina,

Um feixe luminoso me aparece;

Pela fresta da nuvem ele desce,

Bem em cima de mim se descortina.

Que paisagem é essa que se oferece,

Pela minha fatigada retina?

Será outra distração que me alucina

Ou a resposta Divina a minha prece?

Já fazia três noites qu'eu não dormia,

Pedindo para que a virgem Maria,

Me mostrasse outra vida; e não aquela.

Foi então que retirando do meu olho,

A trave que atravancava o ferrolho,

Ela me fez abrir esta janela.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 01/11/2016
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T5809927
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