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INDELÉVEIS [718]
 



Existem indeléveis que não vemos,
assim como os amores são também;
entes inolvidáveis que só temos
aos longes, indeléveis, muito além.
 

Esta lembrança tua que me vem
é parte das saudades que escrevemos,
eu, pondo às tintas o que me convém,
tu disfarçando amores que vivemos.
 

Mas compartimos indeléveis sonhos!
E as tintas da memória não se vão,
por mais havidos fuzuês medonhos.
 

Indeléveis os meus nos beijos teus,
nosso caso não morre – pois canção
indelével, também, nos versos meus.

 

Fort., 01/11/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/11/2016
Reeditado em 01/11/2016
Código do texto: T5809726
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