DESARVORADO
DESARVORADO
A despeito dos nomes tão pomposos
Ou das palavras belas e sensatas,
Nada mascara mais suas ingratas
Razões para iludir os desditosos.
Sempre co’os ditos mais espirituosos
Nos repete historietas e bravatas,
Por fazer crer que tem luzes inatas,
Ocultando interesses duvidosos.
Quem guindado às alturas do poder,
Faz, absolutamente, o que bem quer
Enquanto o embasbacado tudo aplaude.
Seja este só mais um desarvorado,
Que quando do palanque for apeado
Um outro pelas costas já lhe malde.
Betim – 01 10 2009