Soneto dos lábios com espinhos

No calor sufocante da escuridão

Vejo minha alma apagada

Do canto vem a escravidão

Luz é minha vida calada

Sofro nas sombras das esquinas

Incensantes são meus pensamentos

Que tocam a cada instante a rima

Mas não levam fora os tormentos

Costuro meus lábios com espinhos

Escorre o sangue aprisionado pelo corpo

Em liberdade roja à seus caminhos

Me pergunto se ainda vivo

Não reconheço este lugar

Mas pareço nunca acordar.

Ronaldo J Santos
Enviado por Ronaldo J Santos em 01/11/2016
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