Silêncio Vivo
Tanta cor não cabe no meu silêncio
arrancam gritos da alma que sangra
circundada de horizontes vermelhos
manchando as mãos de ternuras.
Tanto canto pousa dos pássaros
é mais que uma melodia
é uma orquestra do voar dos passos
tecendo a geografia dos dias.
Falam das sombras todas as fantasias
caindo sobre meus ombros
imperturbáveis pintam coreografias dos anjos.
Azuis são minha sonolentas ilhas
vívidos instantes sobre os escombros
abortando dos olhos, os sonhos.
26/07/07