Deitada na areia
Engastada na praia, quase que nua,
Bordava seus contornos na areia,
Olhando-a, nenhum olhar se amua,
Até o mais pudico olhar se alardeia
e a areia bloqueava, parcialmente, o sol
mas insinuava a pele sob a camada de cristais
o vento assobiava seu corpo em si bemol
em escala que não gravarei jamais
Finge dormir doce sereia
Onde vem morrer os golfinhos
Que o saco plástico o mar ateia
Doure-se e espere meu carinho
Não desperte até pensar em mim
E se não pensar, durma até o fim