Deitada na areia

Engastada na praia, quase que nua,

Bordava seus contornos na areia,

Olhando-a, nenhum olhar se amua,

Até o mais pudico olhar se alardeia

e a areia bloqueava, parcialmente, o sol

mas insinuava a pele sob a camada de cristais

o vento assobiava seu corpo em si bemol

em escala que não gravarei jamais

Finge dormir doce sereia

Onde vem morrer os golfinhos

Que o saco plástico o mar ateia

Doure-se e espere meu carinho

Não desperte até pensar em mim

E se não pensar, durma até o fim

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 30/10/2016
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