O poeta que sou enquanto eu mesmo, Hugo
Se o verso é audaz, num rompante
De núpcias começa a criar-se, nas
Noites de solidão é tecido à mão,
Talvez o poeta, em sua força, antes
Fosse o que já é, por isso eu sou, mas
Ainda aparento, e assim, nas trilhas da ilusão,
Vou torcendo para que vença a poesia,
Mas quem é o seu oponente? Aparência,
Assim eu escrevo sonetos, o que já fazia,
Se a minha labuta lânguida, ensandecida,
Ocorre de um sol para uma lua, então vou
Vivendo assim enquanto poeta, porque a
Vida me ensinou o caminho, assim não dou-
Me para o mundo, sou poeta de índole boa, não má...