SONETO INSONE!
"A gente não cansa de amar, a gente cansa
de não ser amado." (Fabrício Carpinejar)
SONETO INSONE!
Meia-noite! Ouço a canção que a chuva faz
Lágrimas que rolam junto com a chuva
Na vinha, não encontro nenhuma uva...
Esse silêncio perturba a minha paz.
Três horas! Chuva que fez a lua turva
Madrugada que só um amor me apraz
Mas, sem ninguém, choro a solidão que traz
A dor, que a nenhum remédio ela se curva.
Cinco horas! Galos cantam, relógio corre,
Não me acorda porque já estou desperto
E quando o dia vem a insônia morre.
Manhã! Quero um bom dia, tarde fagueira,
E ao lado alguém que me dê o amor certo
Para qu'eu possa dormir a noite inteira.
12/06/2010 - DILSON/SPVA/NATAL/RN.