NO CAMPO SANTO
Querendo rever mamãe na saudade,
Nas mãos levei uma pequena flor,
Pesaroso fui ao fim da vaidade,
Lá onde sempre começa uma dor.
Na lápide li a inscrição em cor
E a pedra fria me disse a verdade...
Pousei um beijo, expressão do amor,
A quem hoje vive na eternidade.
Vi o retrato, já bem descorado,
Por tanto tempo sem ter a visita
Do filho ausente e recém chegado.
Por um instante esqueci a desdita
Que ali me trouxe mui desconsolado,
Ao ver mamãe sorrindo, tão bonita!