Soneto mundo doente
De onde estou, sentado no banco de pedras
Vejo o caminhar, de lá e de cá
Tantos e todos com um destino diferente
Imagino o que pensam, o que sentem?
À rua atravessei e vi um semelhante
Coberto no frio de meu Deus
Com folhas retratando o Brasil
Jornais com corrupção da pátria amada gentil.
Nem sempre o que se tem é o suficiente
O de gravata pediu o melhor vinho importado
O descalço, só queria do pão, um pedaço!
Vivemos em um mundo tão desigual, banal
Valores invertidos, avistei o poente
De um mundo tão triste, cada vez mais doente.