Imagem do Google / gereblog.blogspot.com
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5806690





AVES EM LIBERDADE [717]
 


Pássaros, ei-los – soltos! – à natura,
e nem careço tê-los em gaiola!
Assim costumo ser, me vem da escola,
talvez até um caldo da cultura.
 

Louco sou eu, de ter perdido a bola,
se às avezinhas não lhes der soltura;
prendê-las, como dar-lhes sepultura,
esta maldade não me cai, não cola.
 

Livres, lá no quintal, contemplo aves.
Sanhaços, bem-te-vis, pardais, rolinhas,
estas as mais fiéis; constroem ninhos.
 

Dou-lhes alpiste, e sem botar entraves:
miséria não pôr água, às manhãzinhas,
àqueles menestréis – os passarinhos.
                                           

Fort., 29/10/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/10/2016
Reeditado em 29/10/2016
Código do texto: T5806690
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.